terça-feira, 27 de agosto de 2013

Turmalina Paraíba

 
História

De um azul profundo, com brilho próprio, a pedra recebeu o brasileiríssimo nome porque foi encontrada pela primeira vez  no distrito de São José da Batalha, no interior da Paraíba. O país é rico em turmalinas verdes, mas ninguém nunca tinha visto aquela pedra de azul tão intenso que logo foi chamada de azul neon. Houve quem chegasse a pensar que se tratava de uma falsificação. Para sanar as dúvidas, em 1989 a gema foi enviada para o Instituto de Gemologia da América, nos Estados Unidos, o maior laboratório de pedras do mundo. E a resposta foi surpreendente: tratava-se de uma nova pedra, nunca antes vista.

                                                               Turmalina Paraíba bruta de 26,5 cts da Mina da Batalha - PB. Preço: US$ 155.000,00.

Origem da Cor

As turmalinas são gemas que podem ser encontradas em quase todas as cores do arco-íris (do branco ao negro, inclusive existindo gemas incolores), mas os cristais de turmalina paraíba possuem tonalidades inigualáveis de cores azul-claro, azul-turquesa, azul-neon, azul esverdeado, azul safira, azul violáceo, verde azulado e verde esmeralda, na tentativa de descrever a rara e variável cor, assemelhando-se a cores vistas apenas nas asas de algumas borboletas, em conchas marinhas e nas penas de pavão (algumas apatitas podem ter coloração parecida). É freqüente que se usem termos como “azul pavão”, “azul turquesa” ou “azul e verde neon” para descrever essas cores tão chamativas. A turmalina paraíba também pode ser encontrada em lindas cores púrpuras e vermelhas, além de em azul profundo (como o de safiras de boa qualidade) e verde mais escuro (como o de esmeraldas de boa qualidade).

Diferindo de outras turmalinas, detecta-se elevado teor de ouro em sua composição (aproximadamente 1200 vezes o encontrado na crosta terrestre) e, enquanto a coloração das turmalinas tradicionais resulta da presença de átomos de ferro, cromo, vanádio e manganês em sua estrutura, a turmalina paraíba deve sua coloração verde e azul principalmente à presença de pequena quantidade de átomos de cobre (podendo receber a denominação mineralógica de “elbaíta cúprica”) e as cores vermelho e púrpura a átomos de manganês.

— As outras turmalinas não têm cobre — explica Jurgen Schnellrath, do Laboratório de Gemologia do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) da UFRJ. — E é por conta dessa substância que ela parece emitir luz.

                Turmalina Paraíba lapidada de 50 cts que permaneceu no Brasil para exposição. Avaliada aqui no Brasil em R$ 500.000,00.

Extração Mineral

Sempre houve enorme dificuldade na exploração da turmalina paraíba. Para encontrá-la, inicialmente foram escavados vários túneis de até sessenta metros de profundidade no Morro Alto (o sítio de escavação) e múltiplas galerias que os interligavam. Uma vez encontrados os primeiros cristais, as escavações se intensificaram, mas a produção sempre foi muito limitada, pois a dificuldade residia na raridade do material, que era encontrado em bolsões ou veios muito finos (às vezes de não mais que um centímetro de espessura).

Durante o período de maior produção (até aproximadamente 1993), a maioria dos cristais azuis descobertos pesavam até 1,5 gramas e os verdes não mais que 4 gramas, sendo que quase todas as peças eram encontradas fragmentadas. Raros cristais de qualidade excepcional, variando entre 5 e 25 gramas, alguns inclusive não fragmentados, foram também recuperados.

Qualidade

 Para calcular a qualidade de uma pedra preciosa, especialistas usam o critério dos quatro Cs, adaptado da língua inglesa: lapidação (cut), pureza (clarity), quilate (carat) e, o mais importante, cor (color). Para além disso, a raridade de uma gema e o design exclusivo de uma joia podem fazer o seu preço se multiplicar rapidamente.
A produção da turmalina paraíba é cada vez mais escassa, meros 20 mil quilates por ano, contra 480 milhões dos diamantes.

Valor Comercial

Desde quando as primeiras gemas lapidadas de turmalina paraíba chegaram ao mercado, o material ganhou popularidade e, por sua beleza e raridade, atingiu valores nunca antes pensados para as turmalinas. Gemas acima de 1 ct nas cores azul e verde neon, principalmente, atingiram rapidamente preços de até US$5000.00 por quilate e gemas maiores chegaram a alcançar até mesmo patamares de US$20000.00 por quilate. Pode parecer muito, mas a raridade e as incertezas quanto a sua produção futura são marcantes e essas gemas são consideradas verdadeiros tesouros.
 


Jóias com Turmalinas Paraíba




Fontes 
 
http://nossageologia.blogspot.com.br/2012/02/saiba-mais-sobre-turmalina-paraiba.html
 
http://ela.oglobo.globo.com/vida/rara-turmalina-paraiba-so-encontrada-em-cinco-minas-em-todo-planeta-tres-delas-no-brasil-6867652

http://estudandogeologia.blogspot.com.br/2012/02/de-onde-vem-como-surgiu-e-como-e.html



Um comentário:

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